A BOCA FALA DO QUE ESTÁ CHEIO O CORAÇÃO
Então, com que temos nos alimentados? Do que temos abastecido o nosso coração? Da Palavra de Deus, da esperança, da fé, da paz? Se forem destas coisas, certamente é isso que teremos para compartilhar e dividir. Caso contrário, se estamos nos deixando contaminar com a ira, com a contenda, com a inveja, com o desânimo, com o ciúmes, são esses os "maus tesouros" que poderemos dividir com aqueles que nos cercam.
Eu tenho duas filhas pequenas, e às vezes a mais velha vem da escola cantando algumas músicas que até me dá arrepios.... Ouvem uma ou duas vezes e aprende com os amiguinhos, e é surpreendente o quanto eles aprendem rápido. Por isso, devemos tomar muito cuidado com tudo que dizemos para as nossas crianças. A forma como as tratamos, os apelidos que chamamos e principalmente o vocabulário que utilizamos. E é fundamental que elas saibam desde cedo que existem palavras bonitas e outras palavras feias, que não devem ser faladas porque não são adequadas ou porque são ofensivas.
Há diversos motivos porque as crianças falam palavrões: ou porque escutam os adultos falando, e mesmo sem saber o significado, acabam repetindo com a mesma intonação; ou porque quando falam as pessoas riem (normalmente crianças mais velhas) e elas acabam querendo fazer graça e ficam repetindo esperando a reação.
Já as mais velhas falam para afrontar ou para fazer parte de um grupo. Você já percebeu como os adolescentes falam "tipo assim" de forma parecida? Bem, esse é o reflexo do convívio, do contato e da identidade que procuram no grupo. Sendo assim, temos que proporcionar à eles um contato diário com a Palavra de Deus, ouvir louvores em nossos carros, não permitir que elas assistam qualquer coisa na TV, saber com quem brincam, do que brincam, o que lêem, etc. Precisamos estar mais atentos... e isso requer tempo, investimento e amor. Nossas crianças merecem isso, não?!
Como ministrar:
Leitura/ Medite nos seguintes versículos: Colossenses 3:8 / Efésios 4:29 / Provérbios 15:4 e Tiago 3
Faça uma roda de conversa, invista um tempo para conhecer um pouco mais cada criança. Pergunte sobre as músicas que ouvem, as piadas que contam, se xingam seus amigos, pais, professores quando estão bravos, se costumam arranjar apelidos pejorativos para as pessoas (o gordo, o feio, o magricela)
Desta forma fica mais fácil ver por onde começar a ministrar.
Distribua a cada uma das crianças um pedaço de papel e um lápis/caneta para que possam escrever algo que elas não gostaram de ouvir, que a deixaram magoadas, ou até mesmo algo que elas foram repreendidas por terem falado. Cada criança irá escrever essa palavra ou frase, dobrar o pedaço de papel, e colocar dentro de um balão de festa bem grande (veja aqui).
Logo em seguida, você vai pedir que cada uma delas escreva 2 ou 3 palavras (cada uma em um papel) ou frase que a tenha edificado, consolado, ajudado e que ela tenha gostado de ouvir.
Agora, você vai grampear cada papel em uma bala e colocar dentro do mesmo balão.
Pergunte qual das situações que elas gostaram mais de recordar. Explique que nós também devemos ter palavras doces para falarmos às pessoas, mas que para isso, precisamos encher o nosso coração e mente com essas palavras. E a medida que for conversando e ministrando, encha o balão e amarre-o, pendurando-o em um local alto da sala (o ideal é que consiga pendurar no teto) Cuidado apenas com o peso, caso tenha muitas balas, para amarrar em um local firme e seguro, ok?
Depois que pendurar, mostre a eles que o nosso coração fica cheio daquilo que guardamos nele, mas que graças a Deus hoje, podemor ter em nosso coração mais palavras doces do que palavras amargas, porque abastecemos o nosso coração com as palavras doces. E que sempre que formos falar alguma coisa, devemos nos lembrar da maneira como gostamos de ser tratados, para que possamos tratar aos outros também. E que quanto mais enchermos o nosso coração com as coisas do alto, com as coisas de Deus, mais fácil é tirarmos coisas boas das nossas ações e palavras.
Pergunte a todos: quer saber como? E estoure o balão, deixando que caiam as balas e permita que eles peguem as balas. Depois, pergunte: quem quer ficar só com o papel sem a bala? Acredito que ninguém. Ninguém quer palavras amargas. Então, porque encher nosso coração com isso, não é mesmo?
Os papéis sem bala podem ser recolhidos e jogados no lixo. Depois, cada um irá ler o que está escrito na sua bala e compartilhar com o amigo.
Como atividade, podem fazer o fantoche abaixo e decorar com eles o versículo: "a boca fala do que está cheio o coração"
Aqui em baixo fiz um passo a passo. Se ficarem com alguma dúvida de como fazer, é só falar.
Está pronto, agora é só se divertir!!!
Obrigada
Beijinhos a todos.....
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